Marrocos 2010 - Dia 3

Dia 3 (100Km)

Tomámos o pequeno-almoço e fomos visitar a vila. Perdemo-nos pelos jardins, onde a rega é feita com regos na terra, um sistema que já se vai perdendo em Portugal. O palmeiral perde-se no horizonte, é impressionante o contraste entre os montes terracota e o vale verde vivo.



Regressámos ao Albergue e preparámos as motas. O Moha falou-nos na pista de Erfoud para o Erg Chebbi e o Sahid diz que quer vir conosco para montar um restaurante marroquino em Portugal. Falei-lhe do estado do país e disse-lhe para esperar mais uns anitos.







Despedimo-nos desta gente simpática rumo ao famoso Erg Chebbi. Em Erfoud virámos à esquerda no segundo banco e seguimos para este, na direcção da Argélia. Aproveitámos e subimos o monte das antenas para apreciar a vista.



Continuámos até o alcatrão acabar e seguimos pela pista. Que sitio espectacular. Temos liberdade para seguir por onde nos apetecer, apenas tínhamos de ir na direcção do Erg que se via no horizonte. São cerca de 40Km de diversão onde quase não se vê ninguém, apenas de vez em quando aparecia uma tenda berbere.













Quando estávamos mais perto do Erg começam a surgir os albergues e o movimento de motas e 4x4.



Falaram-nos no Kasbah Tombouctou, que para além dos quartos organiza também uma noite no deserto. Olhando para o parque automóvel vimos que talvez fosse demasiado caro. Havia disponibilidade e mostraram-me o quarto. Que espectáculo, tinha 4 camas de casal e a casa de banho era do tamanho da minha sala. Tinha piscina, SPA, Hamman e outras coisas que não me lembro o nome. Quando me disseram o preço (683Dh por pessoa/meia pensão) fiz cara feia e disse que não estava disposto a gastar tanto dinheiro. Ainda baixaram para 500dh (50€ aprox) e penso que talvez chegasse aos 400, mas nunca à fasquia máxima de 250 que tínhamos acordado gastar. Da próxima vez faço um mealheiro só para esta noite.



Seguimos para Merzouga e um rapaz coloca-se ao meu lado numa espécie de mobilette. Falava comigo mas eu tive de desligar a mota para perceber alguma coisa. Oferecia tudo, sitio para comer, para dormir, excursões nas dunas, … Para dormir tinha um albergue a 80dh, mas nós queríamos com piscina e fomos parar ao local que o pessoal do trailaventura já se habituou.



Estava cheio porque havia um Rally polaco qualquer, mas depois de procurar lá encontraram um quarto para os 3. Foi negociado a 180Dh/meia pensão. Demos um mergulho na piscina, almoçámos e fomos brincar ao Dakar para as dunas.
A lição estava estudada, peso para trás, manter o momento, não desacelerar e sempre que começar a atascar acelerar ligeiramente. Correu bem até eu me lembrar que devia ter baixado a pressão dos pneus. Parei, vazei os pneus e já não consegui arrancar. A roda de trás estava sempre atascada. Ao lado da mota consegui desatascar, mas sempre que me montava a roda traseira afundava.



Ao fim de 10 minutos e de gastar a energia do almoço, fui buscar ajuda (ainda estou a dever uma cerveja ao Armando e ao Nelson). Finalmente continuei e ainda me diverti um pouco para cima e para baixo, tombei de lado numa duna que acabava na vertical, deixei-me de aventuras e voltei para terreno mais amigável.
O Armando estava a descobrir os segredos na mota nova e não parava de levantar pó.



Ainda parámos um pouco para ver o Lancer do Van Loon em testes. Digamos que as habilidades a conduzir nas dunas eram diferentes do resto do pessoal que por lá andava.



Já tínhamos a barriga cheia de areia e decidimos voltar para mais um mergulho na piscina e jantar. Depois do jantar, fomos para o terraço do Albergue beber uma garrafa de tinto que ia na bagagem.

Continua…

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