Os números finais expressam o inabalável entusiasmo em redor do Portugal de Lés-a-Lés/Moviflor, aventura que, na 11ª edição, ligará Boticas a Olhão, com pernoita em Castelo Branco, entre os dias 11 e 13 de Junho. Ao todo, a colorida caravana que dará corpo ao desafio lançado pela Comissão de Mototurismo da Federação de Motociclismo de Portugal, ultrapassará os 900 aventureiros!
Duas horas e 15 minutos será o tempo necessário para dar a partida, frente à Câmara Municipal de Boticas, às 405 equipas inscritas no 11.º Portugal de Lés-a-Lés/Moviflor, incluindo um grupo de espanhóis, elementos do clube Turismoto de Valladolid, responsáveis pela organização dos Pinguins, a grande concentração invernal ibérica.
O “aperitivo”
As saídas do palanque serão intervaladas de 20 segundos rumo a um prólogo que, feito o road-book, sabe-se que terá 92 quilómetros, numa passeata muito diversificada, passando por muitos dos 52 lugares e 16 freguesias do concelho fundado no século XIX, no contexto da reforma administrativa de 1836. Traçado por montanhas e aldeias, através de bosques e carvalhais, passando por aldeias típicas como Seirrãos, Carvalhelhos, Atilhó, Alturas do Barroso, Covas do Barroso, Fiães do Tâmega ou Vilarinho Seco, revelando a sua arquitectura tradicional, com casas graníticas e telhados de colmo, relógios de sol, pontões, cruzeiros e bebedouro. Num concelho com 256 moinhos (!) accionados pela água, também serão visitados alguns que foram restaurados, bem como as termas e o Castro de Carvalhelhos ou a ponte românica sobre o rio Beça. Tudo servido por caminhos e estradas que, em vários locais, será necessário partilhar com o gado barrosão, além da passagem em viveiros florestais e de trutas.
Pernoita em Castelo Branco
Boticas será também ponto de partida, às 7 horas, para os 421 quilómetros da primeira etapa, até Castelo Branco onde as primeiras equipas deverão chegar por volta das 19 horas, contando de permeio com 2 horas e 40 minutos de paragens para refeições e curtas visitas (a pé...) aos pontos onde estão instalados os vários controlos do dia. Ou seja, sobram 9 horas e 20 minutos, a uma média prevista de 45 km/h, tempo que inclui reabastecimentos e paragens para fotos.
A chegada à capital de distrito beirã terá lugar no largo fronteiro à Câmara Municipal, depois da passagem por alguns dos mais significativos ex-líbris da cidade albicastrense, desde o Museu Francisco Tavares de Proença Júnior, no belíssimo Paço Episcopal do bispo da Guarda, edifício construído em 1596, até aos jardins do Paço Episcopal, localizados mesmo nas traseiras do Museu e que representam ponto alto da jardinagem no período barroco, passando pela Sé da antiga diocese de Castelo Branco.
Antes da chegada ao centro da cidade beirã, no local que acolherá também a partida do dia seguinte, também às 7 horas, tempo para passagem pela serra da Gardunha e pela vila de Alcains, cujo mais famoso filho da terra foi o general Ramalho Eanes, Presidente da República entre 1976 e 1986. No dia seguinte, a segunda etapa contará com a inevitável descida ao Tejo, em ponto de marcante animação, na passagem da Beira Baixa para o Alto Alentejo.
Rumo a Olhão
Viagem de 520 quilómetros rumo a Olhão da Restauração, nome raramente utilizado e ligado a facto histórico que cumpre 200 anos, com longa e penitente travessia da serra algarvia, com as dificuldades logo esquecidas à vista do oceano, e passagem mesmo diante da Moviflor, em rota para o palanque onde a caravana começará a chegar por volta das 19 horas.
Local de chegada instalado junto à idílica ria, em parque fresco e agradável, com bom estacionamento, sobranceiro às embarcações de recreio. E que acolherá o jantar, ao ar livre, num final em festa e que, tal como em Castelo Branco, está previsto antes do pôr-do-sol, permitindo aos participantes usufruir ao máximo das belíssimas paisagens atravessadas.
Antes ainda, passagem pela história Ponte de Quelfes, estrutura viária construída pelos romanos há cerca de 2000 anos e que foi palco, em 18 de Junho de 1808, da derrota das tropas francesas de Napoleão às mãos do valoroso povo de Olhão, assinalando o ponto alto da sublevação da população algarvia no início da restauração da independência portuguesa, na vila que, por isso ficou conhecida como Olhão da Restauração.
Texto: Gabinete de Imprensa 11.º Portugal de Lés-a-Lés
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